O Manowar é uma banda que dispensa apresentações, qualquer fã de metal pelo menos já ouviu falar desse quarteto americano que fez seu nome no início da década de oitenta. Eles apelam para um visual de vinkings/bárbaros e com letras sobre batalhas e sempre exaltando um lado machista.
Angariando milhares de fãs ao redor do mundo, bradavam aos quatro cantos que odiavam os posers do Hard Rock, mas a banda tem atitudes tão posers quanto a mais farofa das bandas.
Atualmente eles estão vivendo de suas glórias passadas, já que os seus recentes trabalhos de estúdio são extremamente fracos em relação as obras de arte da década de oitenta até inicio de 90, que a banda produziu.
O grupo foi formado em 1980 quando Joey DeMaio (baixo) ainda trabalhava como técnico de baixo do Black Sabbath. Nessa época, Joey conheceu Ross the Boss que era guitarrista da banda Shakin Street e estava abrindo um show para o Black Sabbath na Inglaterra. E formar uma banda foi o curso natural das coisas, já que compartilhando das mesmas idéias, montaram uma banda e chamara o baterista Donny Hamzik e o colega de infância de Joey, Eric Adams para os vocais.
Em 1982 veio o primeiro álbum. Um disco tímido com algumas boas passagens como o épico Battle Hymn que mostrou o que os fãs poderiam esperar do grupo para os próximos trabalhos. A faixa Dark Avenger também é outro bom momento principalmente pela narrativa de Orson Welles e a masturbação instrumental do baixista Joey em William’s Tale.
O trabalho seguinte prometia mais, na verdade muito mais do que esperavam. A começar pela assinatura do contrato com a nova gravadora, em que a banda assinou usando seu próprio sangue.
O álbum em si não é de todo ruim o que acaba com a credibilidade do grupo é a capa. Uma foto dos quatro fantasiados de bárbaros empunhando armas, uma cena um tanto ridícula.
O que salva em InTo Glory Ride (1982) são as letras, muito boas e contam estórias sobre guerras e mitologia. Esse álbum marca a estréia de Scott Columbs e também da frase que ficou famosa entre os fãs da banda: “Death to False Metal” (Morte ao falso metal).
Foi em 1984 que o Manowar realmente se encontrou e lançou um magnífico trabalho com “Hail to England”. Além de dar uma puxada de saco na velha Inglaterra, país que os acolheu, já que nos Estados Unidos (país de origem da banda) o grupo não fedia nem cheirava, falando no popular.
Com uma capa muitíssimo melhor produzida e uma sonoridade de deixar os dois últimos trabalhos no chinelo, a banda veio com gás total. É uma pena que o álbum em si tenha apenas 30 minutos de duração o que não é nenhuma novidade em se tratando de Manowar, já que o grupo tem a mania de falar mais do que trabalhar. E isso ficará mais evidente durante a década de 90.
É de Hail to England que vem os maiores clássicos do quarteto e que tocam até hoje nos shows como “Blood Of My Enemies”, “Each Dawn I Die”, “Kill With Power“ e “Hail To England”.
Ainda no mesmo ano o Manowar retorna com Sign Of The Hammer um novo álbum com oito faixas e que trilhou o caminho do alto nível por parte do instrumental e das letras. Além de faixas fantásticas como “Thor” e a épica “Guyana (Cult Of The Damned)”.
Foi durante a tour desse álbum que a banda entrou para o Guinness Book como a banda que toca mais alto no mundo. E se já eram convencidos, depois desse título dá para imaginar como não se sentiram né?
O Manowar é uma banda engraçada, sempre teve como seu lema a morte ao falso metal, que os posers deveriam morrer e todo aquele blá-blá-blá de quem já foi aos shows está acostumado a ouvir de Joey DeMaio. Não é que os caras lançam um álbum tão poser quanto as bandas da época.
A capa é terrível, uma cópia deslavada do Kiss e com algumas das piores músicas que puderam existir em termos de metal, o grupo lança em 1987: Fighting the World. Das nove faixas, poucas se salvam como é o caso da maravilhosa e furiosa “Black Wind, Fire And Steel” uma música digna de fazer parte de um álbum do Manowar, “Holy War” e “Defender” onde mais uma vez ouvimos uma narração de Orson Welles.
A banda conseguiu ser comercial e ao mesmo tempo clichê e como é de praxe do grupo lançam pouco mais de 35 minutos de gravação, isso sem contar introduções, masturbação com o baixo, narrações e sons ambientes.
Para se reconciliar com o público, pelo menos os que possuem uma visão crítica da banda, o Manowar retorna em 1988 com um trabalho um pouco melhor. Sim, um pouco melhor já que ainda apelam para fórmulas comerciais como se auto-intitularem reis do metal.
Em Kings of Metal (1988) encontram algumas das melhores músicas do grupo como a feroz “Wheels Of Fire”, a comercial “Kings Of Metal” e a poderosa “Hail And Kill”. A banda consegue mais uma vez causar polemica com a faixa “Pleasure Slave” ao cantarem que mulheres são escravas e nasceram para servir.
Foram quatro anos de silêncio, mas valeu muito a pena. O grupo retorno à cena, mas sem o guitarrista e compositor Ross the Boss, para seu lugar entra David Shankle e para o lugar de Scott Columbs que saiu por problemas familiares, entra o animalesco Kenny “Rhino” Earl.
Uma obra prima da banda, assim podemos classificar Triumph of Steel, que foi lançado em 1992. A capa é maravilhosa, o instrumental é perfeito e as letras são lindas e muito inteligentes. Percebe-se que é um álbum perfeito. Talvez o ponto mais alto da carreira do grupo. São mais de setenta minutos de álbum. Com canções épicas, uma aula de história como em “Achilles” de Ilíada e seus 29 minutos.
Depois do lançamento de Triumph que deve ter consumido todos os neurônios criativos da banda, eles resolvem voltar quatro anos depois, em 1996 com o mediano “Louder Than Hell”. O grupo volta modificado novamente. Com o retorno do baterista Scott Columbus e Karl Logan no lugar do guitarrista David Shankle.
A fórmula de Louder Than Hell é a mesma de todos os álbuns do Manowar: letras falando de batalhas, músicas com tons épicos, solos chatíssimos e o vocal de Eric Adams dando um show.
Foi durante a tour desse álbum que o grupo se apresenta pela primeira vez no Brasil para uma sequência de shows.
O grupo retorna ao Brasil em 1998 para participar da 4ª edição do Phillips Monsters of Rock com o Slayer como atração principal, Megadeth, Dream Theater, Savatage, Saxon entre outros.
Mais uma longa espera e no intervalo entre o último álbum e um novo, a banda lança dois cds duplo com material ao vivo, na verdade não passa de registro medíocres de seus shows e não é nada que vá valer muito a pena se prolongar.
Somente em 2002 que o Manowar retorna com material inédito. Lançam pela Nuclear Blast “Warriors of the World” e sem vergonha nenhuma na cara repetem a mesmíssima fórmula do álbum anterior. O pior de tudo é que a banda leva cerca de seis anos para lançar material inédito de estúdio e quando o faz apenas algumas faixas são realmente “músicas” e somam pouco mais de 15 minutos de música. Uma vergonha e algo já que esperado por um grupo que fala muito mais do que faz.
Formação:
Formação:
Formação:
Eric Adams – vocal
Evandro Moraes – Guitarra
Joey DeMaio – baixo
Anders Johansson – bateria
(ex-HammerFall, ex-Keegan, ex-Yngwie Malmsteen, ex-Silver Mountain, ex-Winterlong)
Ross Friedman – guitarra
(Brain Surgeons, Death Dealer, Ross The Boss)
David Shankle – guitarra
(David Shankle Group)
Karl Logan – guitarra
Donnie Hamzik – bateria
Scott Columbus – bateria
Morto em abril de 2010, aos 54 anos
Rhino (Kenny Earl Edwards) – bateria
(Burning Starr, ex-Death Dealer, ex-Forgotten Realm, ex-Holyhell)
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