Esqueça a figura do Sebastian Bach por apenas um segundo. Esqueceu? Agora ouça esse disco – Slave to the Grind é um trabalho visceral, pesado, rápido e arrogante!
Isso é heavy metal em seu estado puro! É o famoso “Rock Pauleira”, que povo costumava chamar o nosso adorado metal lá pelas décadas de 80 e 90.
Logo de cara abrindo o álbum já são três porradas para atordoar: Monkey Business, Slave to the Grind e The Threat, a potência vocal do Sebastian Bach está configurada no máximo! Nesse primeiro round o ouvinte já sente uma pressão no cérebro.
O analgésico vem com Quicksand Jesus, uma balada cheia de nuances melancólicas e dramáticas.
O segundo round já deixará o ouvinte louco ao ouvir: Psycho Love, Get the Fuck Out, Living on a Chang Gang e Creepshow. Se o início do disco era mais voltado ao Heavy Metal, agora a banda flerta com o punk rock e o heavy metal, e mantendo uma sinergia incrível.
Vale uns parênteses aqui, para explicar o quanto esse álbum foi “perigoso”. No Canadá, a música Get the Fuck Out foi censurada, e por lá lançaram uma versão do álbum com Beggars Day no lugar.
E eis que surge mais uma balada para que o ouvinte tome folego. E a escolhida foi In a Darkned Room, que cumpre muito bem esse papel.
Mesmo com uma letra melancólica, a levada calma da canção deixa o ouvinte em um transe profundo.
O terceiro e último round dessa luta fica por conta de dois sons mais Hard Rock: Riot Act e Mudkicker.
Fechando esse trabalho em grande estilo a balada Wasted Time, que tocou exaustivamente nas FMs em meados da década de 90.
O Slave to the grind marca uma fase mais pesada da banda. As letras estavam mais complexas, com críticas à sociedade, modo de vida, autoritarismo, política, drogas, crime organizado e religião.
A capa do álbum foi pintada pelo pai do Sebastian Bach, o pintor David Bierk.
E aqui no Play It Loud escutaremos Slave to the Grind, The Threat, Beggars Day e Get the Fuck Out – porque aqui não tem censura!